30.1.07
Apelo
Subscrevo o apelo feito pelo Pedro Santos no seu blog:
«(...) É por isso que, sem sobrancerias mas com humildade, apelo aos meus colegas, sobretudo aos professores de ciências, para evitarem a mutilação das árvores nas escolas portuguesas. Não se pode pregar a defesa das árvores dentro da sala de aula, inclusive comemorar o Dia da Árvore, e depois permitir que se faça, fora da sala, o que a seguir retrato com fotografias. (...) » ler +
«(...) É por isso que, sem sobrancerias mas com humildade, apelo aos meus colegas, sobretudo aos professores de ciências, para evitarem a mutilação das árvores nas escolas portuguesas. Não se pode pregar a defesa das árvores dentro da sala de aula, inclusive comemorar o Dia da Árvore, e depois permitir que se faça, fora da sala, o que a seguir retrato com fotografias. (...) » ler +
Podas radicais em Amarante
Fotos: abril 2005 - Janeiro 2007
Tílias roladas em Amarante, na margem esquerda junto à Ponte de S. Gonçalo.
"A 50 metros da Câmara Municipal " como nos informa Francisco Oliveira autor da foto da direita, "Câmara essa que mandou fazer este lindo serviço" acrescento, presumo eu...
Amarante, para não fugir à regra, encontra-se na "Rota das Asneirada" como diz Carlos Miranda no seu blogue onde também divulga este caso.
E não é de hoje nem de agora (veja-se por exemplo a vergonha na estrada nacional nº 15> ) -por mais incrível que pareça visto a cidade possuir uma parque florestal notável, e no concelho laborarem alguns dos melhores profissionais da área da silvicultura do nosso país!
Algumas destas tílias já tinham sido submetidas a este tipo de tratamento- como é perceptível nas fotos das árvores com a folhagem primaveril, e por toda a cidade se encontram casos de árvores que periodicamente são radicalmente cortadas- porque é esse o drama: uma vez o mal feito, as árvores ficam para sempre mutiladas e quase todos os anos, como é "tradicional", levam com outra poda em cima.
Etiquetas: Amarante
24.1.07
Dias tristes no Sombra verde
23.1.07
A poda das árvores ornamentais- livro
«Árvore, desde há muito deixaste a floresta e conquistaste as nossas cidades.
Jardins, parques, praças, ruas, estradas, sebes, tu lá estás por todo o lado, companheira de todos os dias. Mil formas, mil rostos, mil cores, combinas com o espaço e a arquitectura.
És paisagem, paisagem viva. Murmuras à mínima carícia do vento, divertes-te com a sombra e luz, repleta de cantos de pássaros, mudas com as estações, os anos, tu animas, tu és vida, presença e símbolo.
Mas tal como ao amigo muito próximo, habituamo-nos a ti, frequentemente nos esquecemos de ti. É necessário que adoeças, te destruam ou morras para que vejamos de novo, que apreciemos a tua presença e o quanto de ti necessitamos.
Árvore, não pude mais ver-te mártir, doente, diminuída pela poda a vergonhoso candelabro encimado por ridículo panacho. Que procuramos? A que lógica obedecemos? Como podemos plantar-te, tratar-te durante anos, para proceder a tais massacres? E como ousamos repetir estas bárbaras operações? Que fica de ti, da tua harmonia passada, que fica da nossa paisagem? (...)»
Emmanuel Michau, "Introdução" in A poda das árvores ornamentais , p.8-12.
A poda das árvores ornamentais /Emmanuel Michau; trad. e adapt. Sérgio Gaspar, Helena Ramos Gaspar. - Porto : FAPAS D.L. 1998. - 311, [2] p. : il. ; 24 cm. - (Manual FAPAS). - Tít. orig.: L'élagage - la taille des arbres d'ornement > . - ISBN 972-95951-4-3
Disponível!
Jardins, parques, praças, ruas, estradas, sebes, tu lá estás por todo o lado, companheira de todos os dias. Mil formas, mil rostos, mil cores, combinas com o espaço e a arquitectura.
És paisagem, paisagem viva. Murmuras à mínima carícia do vento, divertes-te com a sombra e luz, repleta de cantos de pássaros, mudas com as estações, os anos, tu animas, tu és vida, presença e símbolo.
Mas tal como ao amigo muito próximo, habituamo-nos a ti, frequentemente nos esquecemos de ti. É necessário que adoeças, te destruam ou morras para que vejamos de novo, que apreciemos a tua presença e o quanto de ti necessitamos.
Árvore, não pude mais ver-te mártir, doente, diminuída pela poda a vergonhoso candelabro encimado por ridículo panacho. Que procuramos? A que lógica obedecemos? Como podemos plantar-te, tratar-te durante anos, para proceder a tais massacres? E como ousamos repetir estas bárbaras operações? Que fica de ti, da tua harmonia passada, que fica da nossa paisagem? (...)»
Emmanuel Michau, "Introdução" in A poda das árvores ornamentais , p.8-12.
A poda das árvores ornamentais /Emmanuel Michau; trad. e adapt. Sérgio Gaspar, Helena Ramos Gaspar. - Porto : FAPAS D.L. 1998. - 311, [2] p. : il. ; 24 cm. - (Manual FAPAS). - Tít. orig.: L'élagage - la taille des arbres d'ornement > . - ISBN 972-95951-4-3
Disponível!
18.1.07
A ler
Os miseráveis (carta aberta em forma de desabafo)
por Pedro Nuno Teixeira Santos
(...) Escrevo esta carta aberta porque estou cansado; cansado de escrever em jornais e em blogues; cansado de um país e de um povo que não tem a sensibilidade e a inteligência para defender o que é seu, isto é, o pouco património construído e natural que ainda nos resta...pobre povo, pobre país!Estou cansado de ver crimes por punir e de ver a passividade de quem não protesta. (...)
por Pedro Nuno Teixeira Santos
(...) Escrevo esta carta aberta porque estou cansado; cansado de escrever em jornais e em blogues; cansado de um país e de um povo que não tem a sensibilidade e a inteligência para defender o que é seu, isto é, o pouco património construído e natural que ainda nos resta...pobre povo, pobre país!Estou cansado de ver crimes por punir e de ver a passividade de quem não protesta. (...)
17.1.07
Rolagem de plátanos na Covilhã
É lastimável continuarem a abundar casos que fazem prova de ignorância e insensibilidade enquanto rareiam as boas práticas- como por exemplo o trabalho conduzido por técnicos habilitados, de diagnóstico e poda cirúrgica das árvores do monte da Penha!
Até quando se vai continuar a permitir este tipo de actuação?
Senhores arboricultores não estará na altura de se fazer mais alguma coisa?
De se levar este assunto à Assembleia da República? Uma vez que parece não haver iniciativas partidárias, para quando uma recolha de assinaturas exigindo legislação que impeça e puna estes actos de vandalismo?
Estamos à espera!
Fotos enviadas por Pedro Santos do Sombra Verde.
Ler os seus comentários sobre mais este caso de selvajaria aqui e aqui.
Ler os seus comentários sobre mais este caso de selvajaria aqui e aqui.
Publicado também no Dias com árvores
Etiquetas: Covilhã
4.1.07
Susto!
Amorim-15/12/2006
Em Amorim, concelho da Póvoa de Varzim nesta altura do ano, as tílias do adro da Igreja são de novo roladas e ficam com este aspecto confrangedor até à próxima Primavera.
Todos os anos sinto o mesmo sobressalto! Mas aparentemente o susto é sentido por muito poucos. Pelo menos é a isso que somos levados a concluir de tal modo é corrente esta prática de Norte a Sul do país. Em locais publicos e privados, em largos, adros, terreiros das escolas e nos seus próprios jardins, muita gente segue displicentemente esta moda arboricida.
Aliás, de pequenino se torce o pepino e as criancinhas "são obrigadas" a conviverem com este espectáculo desde os bancos da Escola. Não admira que mais tarde façam o que viram fazer. Uma tristeza.
Em Amorim, concelho da Póvoa de Varzim nesta altura do ano, as tílias do adro da Igreja são de novo roladas e ficam com este aspecto confrangedor até à próxima Primavera.
Todos os anos sinto o mesmo sobressalto! Mas aparentemente o susto é sentido por muito poucos. Pelo menos é a isso que somos levados a concluir de tal modo é corrente esta prática de Norte a Sul do país. Em locais publicos e privados, em largos, adros, terreiros das escolas e nos seus próprios jardins, muita gente segue displicentemente esta moda arboricida.
Aliás, de pequenino se torce o pepino e as criancinhas "são obrigadas" a conviverem com este espectáculo desde os bancos da Escola. Não admira que mais tarde façam o que viram fazer. Uma tristeza.
Etiquetas: Póvoa de Varzim